Nesta quinta-feira (27), os benefícios e riscos do consumo de suplementos alimentares foram discutidos na série de reportagens sobre exercícios físicos exibida pela TV TEM, emissora afiliada da Rede Globo. As reportagens que começaram a ser exibidas na última terça-feira (25), ressaltam as recomendações de especialistas sobre a vida saudável e atividades.
No caso dos suplementos alimentares, a médica endocrinologista Daniela Maldonado Franco, de Itapetininga (SP), afirma que eles podem ser consumidos desde que haja acompanhamento de um especialista. A médica afirma que cada tipo de suplemento tem um objetivo e leva a um resultado.
atividades físicas. (Foto: Reprodução TV TEM)
Para ela, a busca pelo corpo perfeito e resultados imediatos, levam muita pessoas a cometerem erros. Por causa dessa ansiedade de mudança, os resultados nem sempre são satisfatórios. Antes de iniciar o consumo de suplementos, ela orienta que seja feita uma visita a um médico. “Tudo tem que ser individualizado e adequado à necessidade daquele atleta. O especialista vai ver se a necessidade daquela pessoa é em termos calóricos, em termos protéicos ou se ele precisa de algum outro complemento. Com isso, irá adequar o produto à atividade que ele está fazendo para não ser excessivo e acabar prejudicando o organismo”, diz.
A variedade de produtos disponíveis no mercado é grande. Feitos de aminoácidos e proteínas, os suplementos têm diferentes funções, entre elas, fazer cm que o atleta ganhe peso, perca peso, dá mais energia durante os treinos e também pode acelerar o metabolismo. Eles podem até ajudar, mas não devem ser substituídos pelos alimentos.
Os resultados do consumo dos suplementos alimentares só aparecem em longo prazo, e se associados aos exercícios físicos. O estudante Rafael Salum conta que procurou orientação de um profissional antes de começar a tomar suplementos. Os resultados que ele esperava, que era ganhar massa muscular, só apareceram depois de dois anos. Com muita malhação, disciplina e reeducação alimentar passou dos 48 quilos para os 64 quilos. “Isso mudou bastante o meu dia a dia, inclusive o rendimento de academia. Tem ainda o lado social. Hoje me sinto bem mais à vontade. Antes eu me sentia mal por ser muito magro”, diz.
Comércio
O técnico em nutrição Guilherme de Almeida Prado decidiu investir na venda de suplementos há seis anos e tem uma loja em Itapetininga. Como também é professor de educação física, afirma que procura esclarecer as dúvidas e dar dicas de como usar o produto a favor do corpo para os alunos, os principais clientes. Na loja, todos os potes possuem o selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), garantia de que eles podem ser vendidos aqui no Brasil.
O especialista também reforça o uso individual dos suplementos para cada atleta, sempre com acompanhamento de um especialista. “Eles têm que ser usados com a atividade física. Sem ela, não tem resultado nenhum. Ambos, um auxilia o outro. Temos que destacar ainda que os atletas não podem abusar do consumo dos suplementos. Sempre é recomendada uma quantidade certa para tomar avaliando a rotina do atleta e o perfil do treino que está praticando”, explica.
A venda de suplementos também é muito comum pela Internet, até mesmo em sites de outros países. A facilidade da compra faz com que muita gente deixe de procurar um especialista no assunto e passe a tomar o produto por conta própria, sem orientação nenhuma. É aí que mora o perigo, o consumo incorreto pode até trazer danos à saúde. “Os suplementos calóricos, por exemplo, se não bem adequados podem gerar um ganho de peso além daquele esperado. Os suplementos também contêm uma quantidade grande de gordura, então, tem que ser adequado àquilo que o atleta vai fazer”, afirma a endocrinologista Daniela Maldonado Franco.
Anabolizantes
A médica também faz um alerta sobre outro tipo de produto muitas vezes procurados pelos atletas: os anabolizantes. “Anabolizante é muito mais perigoso. Eles são doses altas de hormônios que pode em um curto prazo fazer danos irreversíveis ao fígado, causar danos à fertilidade e até mesmo danos em relação à incidência de câncer”, comenta.