Em um único exercício, podem ser trabalhadas capacidades como: equilíbrio, força, flexibilidade, resistência, coordenação e a velocidade. Além disso, o treinamento funcional promove o trabalho e o fortalecimento de músculos menores e mais profundos que garantem a estabilidade de articulações como a do tornozelo e do joelho, que muitas vezes o treinamento exclusivo de musculação não consegue atingir.
No exemplo da imagem ao lado, o exercício “Stiff”, a instabilidade gerada pela plataforma faz com que se trabalhe, além da musculatura posterior da coxa, da região lombar e dos glúteos, toda musculatura intrínseca da região do tornozelo e joelho, fortalecendo-as. Dessa forma, quando o corredor, no treino ou na prova, estiver em um terreno irregular, com depressões ou buracos, a probabilidade de desenvolver alguma lesão decorrente de torções, distensões ou estiramento muscular reduz significativamente.
Além disso, para se manter em cima da rampa, é preciso contrair o abdômen. Exercícios como esse, realizados sobre rampas instáveis, no jump ou na bola fortalecem além de toda musculatura da coxa, o tronco, as articulações e desenvolve ainda a concentração e a coordenação motora.
O treinamento funcional sempre vai usar recursos extras para o seu exercício. Por isso, cuide da sua musculatura e das suas articulações. Mas lembre-se, antes de aderir ao treinamento funcional procure o acompanhamento de um professor de educação física.
Por Thais Reis, bacharel em Ciências da Atividade Física pela Universidade de São Paulo (USP) e Nutrição pela São Camilo. Atua como professora de musculação no Clube Sírio Libanês e como personal trainer na Reebok Sports Club e no Amarynthe Spa.