Para ser saudável e resistente, o corpo deve ter de 80% a 82% de músculos e apenas de 18% a 20% de gorduras. Ter a musculatura forte e desenvolvida é importante para sustentar os ossos e prevenir fraturas, como explicaram os médicos do esporte Gustavo Magliocca e Fernanda Lima no Bem Estar desta sexta-feira (11).
Ao exercitar os músculos, a pessoa pode continuar com o mesmo peso, mas pode perder medidas. Dois indivíduos que pesam o mesmo número podem ter a aparência diferente e isso significa que um tem mais músculos do que o outro, como mostra o infográfico abaixo. A gordura ocupa mais espaço no corpo e pode se concentrar na barriga, por exemplo.
Estudos recentes mostram que exercitar a musculatura estimula a produção de substâncias que defendem o organismo de invasores e ainda aumenta a produção de hormônios que auxiliam no metabolismo da glicose e das gorduras.
Além disso, ter os músculos desenvolvidos garante um envelhecimento ativo, com mais autonomia e também uma melhora na autoestima já que ajudam no contorno do corpo.
Porém, é importante alertar que o desenvolvimento muscular é diferente para cada pessoa e depende muito de fatores genéticos, do biotipo e também da quantidade de fibras musculares do corpo.
Fibras do tipo 1 são aeróbias, de pouca força e resistência; já fibras do tipo 2 têm ação rápida, de força e explosão – quem tem mais o primeiro tipo consegue desenvolver mais os músculos. A atividade mais eficiente nesse processo é a musculação, porém qualquer exercício de força pode aumentar a massa muscular, também conhecida como massa magra.
Existem opções dentro da musculação que oferecem menos riscos às articulações, como os aparelhos pneumáticos que visam preservar a saúde dos músculos, não desenvolvê-los, e também os exercícios funcionais, que causam desequilíbrio e exigem controle e força muscular, como os que utilizam bolas, por exemplo.
Pessoas que têm entre 20 e 35 anos estão no auge do desenvolvimento muscular do corpo. A partir dessa idade, tanto o homem como a mulher começam a ter uma perda gradual, principalmente se forem sedentários. Se não se exercitarem, essas pessoas correm o risco de desenvolver a sarcopenia, uma doença provocada pela perda da massa magra e da função muscular.
Papo de verão
A série com o ginecologista José Bento continua e o assunto desta sexta-feira (11) foi o enjoo. É comum nessa época do ano as pessoas se reunirem para jogar futebol, nadar no nar e passear com os amigos - porém, com todo esse gasto de energia, é importante não esquecer de se alimentar. Ficar sem comer pode levar a uma hipoglicemia, que causa tontura, mal-estar e também enjoo.
Para evitar isso, a dica do médico é o picolé, principalmente os de frutas cítricas. Ele aumenta a irrigação das papilas gustativas e também diminui o peristaltismo intestinal, responsável pelo enjoo. Inclusive as mulheres grávidas podem usar essa dica para se manterem hidratadas e saudáveis no calor.
Alerta para as enchentes
O infectologista Caio Rosenthal esteve no Bem Estar desta sexta-feira (11) para dar dicas de como se cuidar e prevenir doenças nessa época de chuvas. Em primeiro lugar, é importante estar com a vacina contra o tétano em dia, disponível em todos os postos de saúde. Como os alagamentos são imprevisíveis, a prevenção é mais difícil - não dá para evitar o contato com a água, mas ao chegar em casa, a pessoa deve tomar banho para eliminar a sujeira.
Como medida preventiva, ao saber que pode chover, a pessoa pode afastar o lixo de casa para que, em caso de alagamento, os entulhos não voltem e tragam substâncias que podem causar doenças. Além disso, o médico recomendou nunca mergulhar na água da enchente, que pode ter fezes humanas e outros dejetos prejudiciais à saúde.
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https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/01/exercitar-musculos-pode-nao-alterar-o-peso-mas-faz-diminuir-medidas.html